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Tela Sociológica "Yentl"

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Data: 14/09/2016 na Sala Newton Lopes e 16/09/2016 na Sala Monsenhor Melo

Horário: 16:00

Organização: Prof. Francisco de Oliveira Barros Junior/Departamento de Ciências Sociais

“O que você faria se tudo o que quisesse na vida fosse estudar e isso fosse proibido?” Tal pergunta, feita por uma mulher, faz sentido em 1904, no leste europeu. A Tela Sociológica viaja para aquele momento histórico. As luzes apagam, o filme começa e entramos “numa época em que o mundo dos estudos pertencia somente aos homens, havia uma garota chamada YENTL”. Para as mulheres do seu tempo eram permitidos “livros de histórias”, “romances muito românticos” e “ilustrados”. Livros sagrados só para homens e Yentl, entre quatro paredes, estudava o Talmude. A coercitiva sociedade em que vivia, com os vigilantes olhares dos poderes estabelecidos, pregava: “mulher que estuda o Talmude é um demônio”. Yentl, queria desafinar o coro dos contentes e ensaiava uma postura feminista: “não quero só ter filhos e cerzir as meias do meu marido”. No contexto rabínico em que vivia, sonhava em frequentar uma Yeshiva (escola), pois, para ela, “estudar é toda a minha vida!” Diante das interdições impostas pela cultura local, o que fazer? Yentl radicaliza, e após a morte do pai, corta o cabelo e num exercício de travestismo se faz passar por um rapaz de nome Anshel. Foi a saída encontrada por ela para a realização dos seus sonhos. Em meio às leituras da “Torá”, Yentl/Anshel desenvolve uma forte atração amorosa pelo jovem Avigdor, de quem passa a ser interlocutor(a), cúmplice e amigo(a). Tais situações tragicômicas configuram o enredo do cultuado e belo musical YENTL, estrelado e dirigido pela cantriz Barbra Streisand. Baseado em “Yentl, the Yeshiva Boy”, de Isaac Bashevis Singer, o musical Yentl exalta a importância do ato de ler. Nunca é demais repetir a frase do cartaz fixado em uma biblioteca: “quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê”. O filme Yentl, datado de 1983, caminha para se tornar um clássico atemporal. As dores e as delícias de ser mulher estão nele representadas. Do que as pessoas são capazes para a concretização dos seus projetos existenciais? Esta e outras delicadas e graves questões são postas por um texto fílmico bonito de ver e ouvir. Um edificante fruto da luz artística.Comentários: Francisco de Oliveira Barros Junior


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